Posted by : Shiny Reshiram 7 de nov. de 2023

    Tal como comentai nas notas anteriores, até parece surreal o facto de que FINALMENTE publiquei o Astronomia Náutica! E tal como prometi nas notas anteriores, estas notas irão tratar sobre o processo criativo! Ou pelo menos um pouco sobre ele... Mas afinal, que capítulo foi este? Há muito tempo que eu não escrevia nada com este nível de qualidade, e foi a primeira vez, talvez, na minha vida como escritora, que eu senti que finalmente atingi algo com o mesmo tipo de vibe que eu queria atingir com meus projetos originais. Já considero Astronomia Náutica um dos meus melhores trabalhos (apesar dos desenhos estarem uma grande porcaria).

Mas AFINAL. Qual foi o meu segredo?

A verdade é que não existem muitos segredos, este Capítulo apenas... Apareceu por magia na minha cabeça kkk.

Tudo começou no trabalho. É muitas vezes onde as ideias que eu tenho ganham vida e vem me foder os planos mais antigos com seus plot twist loucos. Sim, eu no trabalho penso 80% do tempo nas minhas historias, afinal, é um trabalho um pouco puxado e desgastante psicologicamente. Mas ainda bem que eu viajo facilmente no pensamento pois a imaginação me salvou tantas vezes... Naquele mesmo dia, eu me recordo que estava a me sentir um pouco frustrada depois de ver uma discussão sobre a personagem Geeta algures na internet.

Sim, tudo começou com a personagem Geeta em mente.

Em termos competitivos, a Geeta é vista como uma das piores campeãs dos jogos de Pokémon entre a fandom. Acontece que ela é uma ótima personagem, mas por ser fraca, os fãs a consideram igualmente uma personagem horrível. Então, eu estava lá no trabalho e rever a minha interpretação sobre a personagem e pensando em como a melhorar.

Um dos meus objetivos como autora é conseguir mudar o pensamento de alguém através das palavras que eu crio, tal como tantos outros autores o fazem comigo. No passado, comecei a gostar mais de certos Pokémon ou personagens da franquia graças á forma como eles foram interpretados por autores em suas fanfic.

Com Aventuras em Paldea eu não queria ser diferente. Logo, a Geeta era uma das personagens que eu mais queria caprichar nesse quesito, para ver se mudava um pouquito o pensamento que alguém tem dela por ai.

Obvio que eu não posso mudar o lado competitivo dela nos jogos, mas pelo menos consigo polir o que ela é como pessoa (uma patroa horrível para o Larry, eu sei, mas memes á parte, as coisas vão funcionar um pouco diferentes, e vamos nos lembrar que muitos de nós vivem pelos headcannons)

Foi ai que fragmentos do Capítulo começaram a surgir na minha cabeça. E com os primeiros rascunhos vieram as primeiras perguntas: Mas como fazer uma Campeã batalhar logo no Capítulo 7? (Sim, Capítulo 7, porque na altura que eu escrevi o Astronomia Náutica eu ainda não tinha criado o final do Flores de Laranjeira, e o inicio desse Capítulo 6 anterior, junto com a batalha contra a Nemona em seu final, formavam o Capítulo 6).

Sempre tive uma interpretação bem própria em relação á Liga Pokémon de Paldea e da própria Geeta. Uma das coisas que nos mais ensinam como curiosidade nas escolas é o facto de antigamente os antigos navegadores se guiarem pelas estrelas, e eu sempre senti que a Geeta e a sua Glimmora eram uma referencia bem subtil a tal ramo astronómico. O próprio símbolo da Liga é um barquito, e eles tem uma bússola nas luvas deles. Então... Porque não chamar o Capítulo de Astronomia Náutica? Vendo por esse lado as coisas, esses elementos da Era dos Descobrimentos estão bem explícitos.

Quando a vontade para escrever surgiu, no inicio o objetivo seria apenas um rascunho que eu iria guardar para uso futuramente, mas aos poucos, as coisas foram fluindo e eu fui ligando as pontas soltas, de forma a enquadrar perfeitamente com a ocasião em que Haruka estava a viver no ponto atual da fanfic.

Haruka é uma mãe muito protetora, ai a metáfora de ''perder a luz que a guia no dia a dia'', pois a filha estava a ganhar asas e a ia deixar. E uma coisa que se realçou quando fui sentar e escrever, foi a minha vontade de escrever vendo as coisas na perspetiva dela.

Escrever em primeira pessoa não é propriamente algo que eu goste de fazer. no geral, pois no geral, não gosto de primeira pessoa. Sinto que os autores não conseguem equilibrar as descrições do cenário com os próprios pensamentos do individuo, o que deixa a leitura pouco ''realista''. Mas mesmo sendo difícil, foi ótimo quebrar o meu padrão narrativo, e espero escrever assim mais vezes no futuro. Algo no meu interior me disse para escrever o capitulo assim, e apesar dos defeitos que eu aponto a primeira pessoa, não achei que o resultado ficasse nada mal.

E bem... Tivemos um enorme destaque para Haruka que assumiu o papel de protagonista, MAS, como nem sempre se consegue esconder segredos... Uma surpresa enorme no Capítulo é, sem sombras de duvidas, a presenta do pai da Juliana! Uma presença bem marcada tanto no inicio do 8 como no final do 9.

Eu admito que quando me veio á cabeça a presença do desgraçado eu fiquei '''talvez seja muito sedo para ele aparecer, não?'' mas acabei seguindo o fluxo da minha vontade e ele acabou ficando presente e enquadrando perfeitamente no clima que eu queria. Agora, curiosidade: O poema que o pai de Juliana canta foi inspirado na famosa música da Marceline de Hora de Aventura. Acho que quem conhece o desenho deve ter captado logo de cara esta cópia barata de Everything Stays. Naquele mesmo dia eu estava a ficar nostálgica por causa desse desenho animado que eu amo do fundo do coração, e decidi homenageá-lo.

A escrita deste Capítulo fluiu tão bem que foi como beber água. Agora é aguardar para que novos momentos de atingir o nirvana surgem e eu consiga entregar outros trabalhos neste nivel. Espero que todos tenham gostado, pois este Capítulo vai continuar a ser minha Masterpiece durante um bom tempo.

Até a próxima!


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